ON THE ROCK'S

domingo, 7 de setembro de 2008

PENSE MODA, VIVA DESIGN


fotos do histórico desfile “a costura do invisível”*, de jum nakao
crédito: fernando lousa

Outubro e novembro são meus meses preferidos do ano. São empre bem agitados, cheios de coisas bacanas para se fazer. Tem Bienal, Tim Festival, Mostra de Cinema, Rio Summer, Pense Moda e também uma nova “semana de moda” chamada Viver Design em São Paulo, com curadoria de Jum Nakao e Paula Limena. O evento acontece de 2 a 9 de novembro e consiste em várias ações.

O projeto trabalha com cinco núcleos de design: Habitar, Usar, Comunicar, Pensar e Design Sustentável. Jum e Paula pretendem abordar temas em torno do pensamento de moda, como memória, o acesso ilimitado do público ao conhecimento dessa manifestação e o novo. Para isso, eles já têm três eventos que acontecem dentro dessa semana. Tem a mostra “re(produzir)”, em que estilistas criarão um look acompanhado de sua modelagem em papel para exposição e distribuição em lugares acessíveis da cidade de SP, como algumas estações do metrô.

Há também uma parceria com a Casa de Criadores e o desenvolvimento de um projeto em parceria com o núcleo Habitar Design para a criação de um museu de moda internacional. Já imaginou?? Um museu de moda internacional aqui no Brasil? Daí entraríamos no calendário das grandes exposições de moda que a gente fica fritando para ver. Tomara que dê certo!!

* Neste desfile, em junho de 2004, Jum fez uma performance que entrou para a história da moda brasileira. Ele criou uma coleção maravilhosa, digna das mãos perfeccionistas e delicadas de um criador japonês, com roupas inteiramente feitas em papel vegetal. Foram mais de 700 horas de trabalho e cerca de 150 pessoas trabalharam na produção. Ao final do desfile, as modelos rasgam todas as peças, deixando a platéia em estado de choque. “A Costura do Invisível” foi lançada em livro e DVD (ed. Senac), que vale super a pena ter. Ele mostra o dia-a-dia nos ateliês, a confecção das roupas, as reuniões, o camarim, o desfile, e a reação do público. Só a expressão boquiaberta das pessoas na primeira fila já faz valer a pena. Mas, claro, é muito mais do que isso.

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